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Com Contretemps, Mina entrega uma obra de rara intensidade emocional

Em Contretemps, a artista Mina oferece muito mais do que uma simples canção — ela nos conduz por uma experiência sensorial e emocional profunda, marcada por sutileza e intensidade. Entre a pop alternativa e a eletrônica minimalista, a faixa se destaca pela atmosfera etérea que se instala desde os primeiros segundos.


Os sintetizadores criam um ambiente nebuloso, quase espectral, onde a voz delicada de Mina se desdobra com precisão. Ainda que soe suave e frágil, sua presença é marcante — como um sussurro que ecoa muito depois de terminar.


A letra, de uma poesia crua e sem adornos, captura o abismo interno de uma jovem em desmoronamento. Escrita em um momento de solidão extrema — entre o fim de um relacionamento e a carga emocional de ser cuidadora à distância — Contretemps revela um paradoxo doloroso: o caos mental fervilhante contido num corpo imóvel. Mina traduz essa tensão com uma delicadeza impressionante, utilizando silêncios, quebras rítmicas e imagens de precisão cirúrgica.


Contretemps não é apenas uma faixa para se ouvir — é algo para se sentir. Um grito mudo, uma tempestade contida, uma confissão íntima que Mina transforma em arte universal.



 
 
 

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