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Guillaume Charret estreia em carreira solo com a delicada e profunda “L’idée de se perdre”


Após suas passagens marcantes pelos projetos Yules e Tara (ao lado de Lonny), o multi-instrumentista e compositor francês Guillaume Charret apresenta sua estreia solo com a comovente faixa “L’idée de se perdre”. Livre de palavras, mas carregada de emoção, a composição instrumental é um mergulho íntimo em paisagens sonoras de contemplação e vulnerabilidade.


A música, que em tradução livre significa “A ideia de se perder”, soa como uma trilha sonora para o ato de se desnortear — e talvez, de se encontrar no processo. Guiada por linhas melódicas sutis e uma construção minimalista, Charret constrói uma obra de rara delicadeza, em que o silêncio tem tanto protagonismo quanto as notas.


Cada acorde evoca o titubeio de um passo incerto, uma respiração hesitante. A produção aposta na organicidade dos timbres e em arranjos discretos, permitindo que o ouvinte se aprofunde na textura da composição sem distrações. Sem excessos, a obra é marcada por pausas conscientes e silêncios eloquentes — um equilíbrio raro entre sofisticação e acessibilidade.


Mesmo sem letras, “L’idée de se perdre” narra uma história — aberta, fluida, mas profundamente humana. A faixa ressoa especialmente com aqueles que já experimentaram o sentimento de não saber ao certo para onde ir, mas seguir em frente mesmo assim. É música para introspecção, para noites de solidão, para momentos em que o mundo precisa calar para que a alma fale.


Com esse primeiro trabalho solo, Guillaume Charret se afirma como um compositor de sensibilidade ímpar. Mais do que habilidade técnica, ele demonstra maturidade artística e um poder narrativo capaz de emocionar sem recorrer a palavras. “L’idée de se perdre” é mais do que uma peça instrumental — é um convite à entrega, à arte e à humanidade.


Um lançamento singelo e profundo, que posiciona Charret como um verdadeiro narrador sonoro dos sentimentos que nem sempre sabemos nomear.



 
 
 

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