“Quien Podrá Concertar”: a delicada beleza da união em tempos de desencontro

Em tempos em que o mundo parece girar cada vez mais rápido — e, muitas vezes, mais distante —, a música “Quien Podrá Concertar” surge como um respiro. Fruto de um encontro raro entre culturas, línguas e sensibilidades, a faixa é uma joia do projeto colaborativo do artista francês Thalerg, que prova que a arte feita com verdade não conhece fronteiras.

A composição traz a assinatura da argentina Laura Schnapp, que traduz com poesia as dificuldades de convivência em um mundo cada vez mais individualista. A interpretação fica por conta da brasileira Rachel, que canta em português com uma doçura envolvente, dando à letra uma camada extra de afeto e proximidade. Tudo isso embalado por um violão suave que carrega a alma musical de Minas Gerais, revelando um Brasil lírico e universal.

“Quien Podrá Concertar” é uma bossa contemporânea, de textura leve, mas de profundidade emocional. Não é apenas uma música sobre desencontros — é, sobretudo, um convite terno à reflexão, à escuta, ao acolhimento. E talvez por isso, mesmo sem campanha de divulgação, a faixa tenha ultrapassado 25 mil reproduções nas plataformas de streaming, amparada apenas pela força das playlists algorítmicas. Um feito que fala por si.

O projeto de Thalerg é, acima de tudo, uma celebração do fazer artístico como ponte. Uma ponte entre idiomas, sentimentos, territórios e realidades. “Quien Podrá Concertar” merece ser descoberta, compartilhada e ouvida com atenção — como quem escuta uma conversa necessária em meio ao ruído do mundo.