Mark Nevin desafia a era digital em “I’m Not A Robot”
- Nosso Som

- 27 de out.
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Em um mundo dominado por telas e algoritmos que ditam nossas vidas, Mark Nevin, renomado compositor por trás do clássico Fairground Attraction, entrega um manifesto poderoso e atual com “I’m Not A Robot”. A faixa funciona tanto como protesto quanto como súplica — um lembrete da complexidade, emoção e individualidade que definem o que significa ser humano.
Musicalmente, Nevin mistura sua característica lirismo poético com um pop acústico de raízes orgânicas, criando um som ao mesmo tempo íntimo e expansivo. O arranjo é caloroso, melódico e equilibrado, permitindo que vocais e narrativa se destaquem. Cada acorde e cada verso reforçam a urgência da mensagem: um chamado para reconectar-se com a realidade, resistir ao efeito anestésico da vida digital e valorizar a verdade imperfeita, porém bela, da existência humana.
As letras da música ressoam com relevância. Elas refletem as pressões de viver em um mundo hiperconectado, onde a constante exposição a feeds curados, desinformação e ruído digital incessante pode fazer alguém sentir-se apenas uma engrenagem de uma máquina. As palavras de Nevin funcionam como espelho e alerta, instigando os ouvintes a buscar a verdade, resistir à passividade e abraçar a autenticidade.
“I’m Not A Robot” vai além de uma simples canção — é uma declaração de resistência, um hino para quem se recusa a entregar sua humanidade aos ritmos de um mundo programado. A entrega sincera de Nevin e seu cuidado com a composição tornam esta faixa memorável, lembrando que a essência de ser humano está em sentir, questionar e escolher permanecer real, mesmo em meio ao caos.
Trata-se de um trabalho necessário e oportuno: um lembrete musical de que, para viver plenamente, precisamos olhar além das telas, desafiar narrativas e reivindicar o espírito humano.






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